A Secretária de Educação de Jacobina, Emanuela Cunha, provocou indignação ao declarar, durante entrevista à Rádio Jacobina FM, que condições como autismo, TDAH e dislexia seriam "modismos". A fala foi proferida no programa Jornal do Dia e causou reação imediata entre educadores, profissionais de saúde e familiares de estudantes com essas condições.
"A gente vive de modismo, de tempos em tempos se enfatiza uma situação. Já se foi a dislexia, foi o TDAH, e agora o autismo. Esse recorte para educação especial é um braço da pasta da educação especial. A demanda é institucional e não clínica", afirmou a secretária ao ser questionada sobre a presença de psicopedagogos nas escolas municipais.
As declarações desconsideram a importância de abordagens pedagógicas inclusivas para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e dislexia. Essas condições exigem estratégias específicas para promover a igualdade de oportunidades e assegurar o pleno desenvolvimento dos estudantes.
A declaração gerou manifestações contrárias, tanto de profissionais especializados quanto de familiares que convivem com essas realidades no dia a dia. “Essas falas mostram desconhecimento sobre a realidade das escolas e desrespeitam o trabalho árduo de inclusão que temos construído”, afirmou um educador local que preferiu não se identificar.
Até o momento, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Jacobina não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.