
A falta de coleta de esgoto, saneamento básico e acesso à água de qualidade continua sendo um problema grave para muitos baianos. Segundo um levantamento do Instituto Trata Brasil, a Bahia tem 58,8% da população sem acesso à coleta de esgoto, o que representa aproximadamente 8.312.028 pessoas.
A precariedade no saneamento reflete diretamente na saúde da população. Em 2022, foram registradas 11.223 internações por doenças de veiculação hídrica no estado, incluindo casos de hepatite infecciosa (A e E), cólera, gastroenterite, diarreia, criptosporidíase e febre tifoide. O número de óbitos causados por essas enfermidades chegou a 182 no período.
Os dados do DataSUS mostram que a Bahia possui uma taxa de incidência de internações por doenças relacionadas à falta de saneamento de 7,94% a cada 10 mil habitantes, e a taxa de mortalidade é de 0,13%. As despesas com internações dessas doenças somaram R$ 5.038.111,66 no ano analisado.
Além disso, o estado ainda tem 272.445,20 m³ de esgoto não tratado, e 20,3% da população sem acesso à água potável. O índice de esgoto tratado em relação à água consumida é de 48,8%. A pesquisa também apontou que a renda média mensal das pessoas com acesso ao saneamento é de R$ 2.339,43, enquanto aqueles que vivem sem esse serviço essencial ganham, em média, R$ 1.275,99.