Familiares de quatro vítimas baianas do trágico acidente de ônibus ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), há nove dias, ainda enfrentam uma longa espera para a liberação dos corpos. A tragédia deixou 39 mortos e apenas seis sobreviventes.
Três membros de uma mesma família, naturais de Vitória da Conquista, estão entre os falecidos:
• Fábio Alves Prates, 44 anos;
• Selma Batista de Moraes Prates, 45 anos;
• Luiz Gustavo Prates Batista, 9 anos.
A família morava em São Paulo, mas costumava passar o Natal na Bahia. A filha mais velha, Daniele Prates Batista, de 16 anos, não estava no ônibus por ter pegado carona com uma tia, tornando-se a única sobrevivente da família. Atualmente, ela está sob os cuidados da avó materna.
Os corpos de Fábio e Luiz Gustavo já foram identificados, enquanto o de Selma ainda está em processo de identificação no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, sem previsão de liberação.
Vítima de Anagé
Outra vítima baiana é Raí Freires Silva, 29 anos, natural de Anagé. Ele trabalhava no Mato Grosso do Sul e viajava para a Bahia após comprar um carro em São Paulo. Seu corpo foi identificado, mas a família enfrenta dificuldades financeiras para cuidar da liberação e aguarda apoio jurídico para o processo de translado.
Parentes expressaram frustração com a demora na liberação dos corpos e a burocracia envolvida. “Estamos há 10 dias vivendo um velório que não acaba. Além da dor, a espera é um pesadelo”, lamentou Naiane Morais Ribeiro, sobrinha de Selma.
A Polícia Civil de Minas Gerais declarou que está reforçando o suporte aos familiares e agilizando os processos de liberação. A empresa Emtram, responsável pelo ônibus, informou que disponibilizou um advogado para mediar as tratativas com as famílias e auxiliar no translado.
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