Fernando Otávio Lemos Cardoso, de 20 anos, continua preso pela acusação da morte por atropelamento da jovem Raissa Alves Ferreira, de 18 anos. O juiz acatou o pedido do Ministério Público, que pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, pela natureza do crime – dolo eventual.
Raíssa Alves Ferreira voltava de uma festa com os amigos quando foi atropelada por um carro em alta velocidade. Familiares e amigos da vítima acompanharam o enterro muito abalados e seguravam cartazes com homenagens escritas.
Desde quando o velório começou no domingo (8) à tarde, até a hora do enterro nesta segunda, a mãe de Raíssa não havia saído de perto do caixão.
"Ela era uma menina muito especial para mim, muito carinhosa, cativante, vai fazer falta, muita falta", disse Arícia Ferreira, amiga de Raíssa.
Segundo Arícia, a amiga estava feliz porque tinha acabado de passar no curso de pedagogia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). O namorado de Raíssa, Manoel Costa, contou bastante emocionado como o acidente aconteceu.
"Fomos caminhando para pegar um ônibus ou Uber, porque na festa não estávamos conseguindo pedir pelo aplicativo, por conta do sinal. A partir do momento que eu me distanciei 10 metros dela acontece uma tragédia dessa, passa um carro perdendo o controle pela gente e acerta ela. É inexplicável o sentimento que tem por isso, imprudência de uma pessoa", contou Manoel.
O tio da vítima chegou a encontrar na delegacia o motorista que atropelou a menina.
"Aproximei dele e fiz a pergunta para ele se ele tinha noção do que tinha feito. Ele simplesmente virou para mim e falou que não. Eu dirigi a ele e fiz outra pergunta, você matou uma criança de 18 anos com o futuro todo pela frente. Ele virou para mim e falou que foi sem querer", disse o tio.
O Colégio da Polícia Militar (CPM), onde a vítima estudou, emitiu uma nota de pesar nas redes sociais e o tenente coronel Antônio Roberto Pereira Braga, que foi diretor do CPM, esteve no velório para prestar solidariedade à família.
"Era uma filha nossa, do noturno do Colégio da Polícia Militar. É uma perda e muito mais para a família e amigos", disse o TC PM.
Nesta segunda(09), Fernando esteve na audiência de custódia – em que o juiz avalia se houve ilegalidade na prisão e necessidade da continuidade da restrição de liberdade do acusado. A autoridade judiciária decidiu pela manutenção da prisão pelo acidente que resultou na morte da garota.
Com informações do G1 e BlitzConquista.